Descobrem-se os mundos quando por meio da
maturidade é possível admitir que as perdas são absolutamente presumíveis. Seria
no mínimo improcedente, imaginar que a vida é feita somente a partir de lucros
e bonificações.
Muito embora, pessoalmente não me agradem os que
só valorizam o que perdem, terei de admitir que a maioria de nós, somente descobre
o mundo quando lhe é exigido fazer escolhas do tipo, perder para ganhar.
Faço parte dos que guardam, preservam, valorizam
e lutam para não perder. Mas, se perdem, não lamentam, não choram, não se
lançam das pontes, apenas perdem!
Aprendi com o tempo, que às vezes preciso
abrir de algumas convicções. Diversas vezes, por diferentes razões tive de
reconhecer que renunciar algo ou alguém, ideais, sonhos ou projetos, seria
muito menos doloroso, do que lutar por suas realizações e permanências na minha vida.
Das coisas, existem trocas ou não. Das pessoas
existem substituições ou não.
Das
descobertas de mundos, percebi que não me alimento do quase e nem me
contento com metades. Não sou meio amiga, nem dou quase amor, é tudo ou nada.
Para mim, não existe meio termo. Sou intensa, por isso, cada vez que descubro o
mundo, desvendo sempre mais.
Célia Regina Carvalho
Adorei este texto...É bem parecido comigo....
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