Imagens e conceitos

 “Nossos olhares são capazes de reter considerações que vão moldando o que somos”. ( Gabriel Chalita)

Partindo desse princípio é que nos últimos dias, passei a fitar por mais tempo imagens que acredito, moldarão o que sou. Desde a natureza e objetos de artes, até as pessoas.

Passei a conviver por mais tempo com meus filhos e minhas filhas. Por exemplo, vê-los (as) aprontar traquinagens peculiares às suas idades, faz com que me sinta mais tolerante com as pessoas de um modo geral.

Nas crianças, percebo a falta  que faz a tolerância aos erros de outra pessoa. Nem sempre os erros serão toleráveis, mas, o que para mim é um erro, para o outro pode ser o seu maior acerto. O que fazer, então? _Praticar a paciência em observar quais seriam as reais intenções daquele (a) que cometeu um inconveniente é um bom começo.

A meu ver, está nas intenções o real significado da ação.

Compreensão é também para mim, um princípio de excelência. Compreender-se e a até esforçar-se para entender o outro, é uma atitude que não deve ser preterida em tempo algum nas relações humanas.

O futuro existe.

Amanhã saberemos se fomos ou não intolerantes, impiedosos e até vingativos. O problema não está em sermos isso ou aquilo, entendo que o problema está em amanhã, colhermos isso ou aquilo outro.

As nossas colheitas é que nos dirão quais os tipos de sementes que plantamos no decorrer dos nossos dias. Assim...

Observo mais.

Calar-me já se tornou um hábito!

Planejar palavras antes de verbalizá-las é o meu forte. Gasto tempo pensando no que dizer, mesmo no afã das discussões. Não importa o quanto à outra pessoa esteja com seus ânimos alterados, paro a pensar qual a melhor maneira de me expressar, de modo que não machuque um ser humano por um tempo que dure a eternidade. Creio ainda, que palavra alguma voltará vazia, um dia, num futuro próximo ou longínquo completará o ciclo natural de sua existência. Ao final, me trará o que é bom ou ruim... Só o futuro me dirá!

Acalento minhas inquietações com paciência. Não que seja um exercício fácil, mas, a prática aperfeiçoa até os mais difíceis quefazeres.

Retornarei, pois às imagens e conceitos para concluir:

Moldada pelo que vejo, do ser humano, posso afirmar, avisto-o como a maior de todas as criaturas por ser absolutamente capaz de superar quaisquer limitações que lhe forem impostas, a despeito de sua condição sócio-existencial ou cultural.

Célia Regina Carvalho

Categoria: Crônica