Pensando nas vezes em que tive de abrir mão das minhas razões
quando afrontada ou provocada por um amigo ou por quem se colocou na condição
de meu inimigo, conclui o quanto é importante abrir mão de dar a última palavra
mesmo quando tenho a melhor resposta.
A vida não me parece um roteiro certinho onde tenho ‘deixas’
com entradas e saídas em cena, minuciosamente planejadas.
As vezes até parece que estamos em meio a um grande
espetáculo, no qual a arte maior é a de entrar e sair de cena sem esquecer de
dar e receber ‘deixas’ de todos que compõem
o cenário.
Essas ‘deixas’ não necessariamente são palavras, podem ser
atitudes, gestos, acenos ou, até mesmo o silêncio e a estagnação.
Muitas vezes, a melhor resposta é o silêncio. Outras, o melhor
mesmo é sair de cena e permitir que seus demais componentes, coisas e indivíduos,
atuem da maneira que sabem ou entendam que seja a melhor.
Se permanecemos em cena que venham à evidência as nossas
melhores falas, os nossos mais sinceros gestos, a originalidade do nosso
silêncio e, se vier a estagnação que seja intrinsecamente vivida, mesmo diante
das expectativas alheias de movimentos e atitudes.
Nesse grande palco que é a vida, além de saber que papel
teremos de desempenhar em cada cena, o melhor mesmo é não esquecer de dar e
receber as ‘deixas’ que, com certeza serão úteis ao longo da nossa história sempre
que entrarmos em ação e, não entraremos sozinhos, haja o que houver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por sua visita.