Me encante da maneira que você quiser, como
você souber.
Me encante, para que eu possa me dar ...
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba sorrir: aquele sorriso malicioso, gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos.
Aprende a tocar quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser ...
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos...
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar ...
E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem
saber o que falar ...
Me encante com suas palavras...
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.
Me encante com serenidade ...
Mas também não se esqueça,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma, sem pressa.
Tente entender a minha alma.
Me encante como você fez uma vez com seu
primeiro namorado ...
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas,
com certeza.
Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva ....
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo
tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre ...
Mas, me encante de verdade, com vontade ...
Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias...
Pelo resto das nossas vidas ...
Pablo Neruda
by: Célia Regina Carvalho